Safra de milho verão atinge menor área no Paraná

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Milho ou soja? A pergunta que sempre martelou a cabeça do produtor durante a primeira safra parece estar perdendo o sentido no Paraná e no País. Cada vez mais, a escolha pela oleaginosa empurra boa parte da produção de milho para o ciclo de inverno. Na safra paranaense 2013/14, os números negativos estão bem nítidos: essa é a menor área de milho plantada na safra de verão em toda a série histórica.O Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretária de Agricultura do Estado do Paraná (Seab), aponta uma queda de 24% na área de plantio, caindo de 875,9 mil hectares para 669,8 mil hectares. A produção também seguiu essa linha, queda de 7,1 milhões de toneladas para 5,6 milhões de toneladas: -21%.No restante do País, a tendência de queda no plantio é um pouco mais baixa que no Estado, com diminuição da primeira safra variando entre 15% e 20%. Em estados como o Mato Grosso do Sul, a força da soja é ainda mais nítida. Não é difícil, inclusive, encontrar produtores apostando em uma segunda safra de soja ao invés do milho safrinha, apesar de todos os riscos sanitários que surgem junto a essa decisão.O consultor da Scot Consultoria, Rafael Ribeiro de Lima Filho, comenta que durante o terceiro e quarto trimestres do ano passado, época de decisão sobre o que plantar, os preços mais uma vez eram favoráveis à oleaginosa. “Mesmo com valores mais baixos, o cenário para a soja ainda é favorável””, salienta o especialista.Outro ponto que faz com que o produtor acabe optando pela soja é que os estoques de pastagem estão muito elevados. Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontam para 12 milhões de toneladas estocadas nesta virada de ano, podendo chegar a 15 milhões. “”Com a colheita prevista e os estoques elevados, o cenário é de preços baixos para o milho””.Uma notícia que pode dar fôlego ao mercado do cereal e pelo menos estabilizar os preços é o relatório do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) sobre o plantio do produto no país em abril (safra 2014/15). Segundo o consultor da Scot, existe a possibilidade de uma diminuição da área de milho plantada em território norte-americano. “”Vale lembrar também que as exportações brasileiras de milho para países como Japão e Coréia do Sul aumentaram. O Brasil está com mais clientes para a commodity lá fora””, complementa Lima Filho.A técnica do Deral, Juliana Yagushi, comenta que o produtor sai em busca de rentabilidade. Além da soja, outra cultura escolhida (em menor proporção) foi o feijão. “”Ele também estava com preços atrativos. É cada vez mais natural essa manobra dos produtores””.Segundo informações do próprio Deral, em dezembro de 2012 o saca de 60 kg de milho era comercializada a R$ 26,92, enquanto no final do ano passado o preço era de apenas R$ 18,62, uma queda de 30,8%. “

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