GO: Produtores já gastaram mais de R$ 600 mi para combater Helicoverpa
A Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) estima que os produtores do Estado já gastaram mais de R$ 640 milhões em defensivos para tentar combater os ataques da lagarta Helicoverpa armigera, desde outubro deste ano. A disseminação da praga levou o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) a decretar situação de emergência fitossanitária em Goiás, nesta quarta-feira (27.11).Conforme o vice-presidente Institucional da Faeg, Bartolomeu Braz Pereira, a reivindicação dos produtores foi atendida pelo Governo. Com isso, a utilização de agrotóxicos que contenham Benzoato de Emamectina, poderá ser aplicada nas lavouras. O uso do produto não é autorizado no Brasil, diferentemente de outros países.No entanto, em situações de emergências fitossanitárias, o agricultor poderá solicitar o emprego do produto. ?Esta decisão veio em boa hora e nós esperamos que nas próximas semanas o Benzoato de Emamectina já esteja nas mãos do agricultor. Com o apoio de técnicos, os produtores poderão controlar a ação desta praga?, destaca.Além dos gastos com defensivos, a Faeg também está fazendo um levantamento para apontar os demais prejuízos causados pela Helicoverpa na produção goiana. A presença da lagarta foi detectada no final do ano passado e inicio de 2013. Porém, ataques severos foram registrados na segunda safra de milho.Dos 4,8 milhões de hectares destinados a agricultura, 3 mi/ha são destinados ao cultivo de soja em Goiás. A Faeg estima que 75% da área total já foi semeada.Além de Goiás, o Mapa já decretou situação de emergência fitossanitária em função da Helicoverpa em Minas Gerais, Mato Grosso e Bahia.