EUA decreta calamidade devido à seca, Brasil pouco faz?, diz Unida

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A continuação da seca ameaça a nova safra dos agricultores norte-americanos assim como na região Nordeste do Brasil. A diferença é a postura dos governantes. O Brasil continua sem ações públicas à altura do país estrangeiro, que, na última quarta-feira (9), decretou estado de calamidade natural em 14 estados por conta da estiagem prolongada que ameaça a safra de trigo. A informação é da União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida).Segundo a entidade de classe regional, em terras nacionais, a produção canavieira nordestina teve uma redução de até 60%, a exemplo de vários municípios do estado de Pernambuco. O déficit impedirá que os agricultores brasileiros invistam no trato cultural adequado da nova safra de cana de açúcar. ?Até as poucas medidas do governo federal, como a renegociação de dívidas e financiamentos a juros menores em função da seca, tem problemas que impedem a participação dos agricultores?, diz Alexandre Andrade Lima, presidente da Unida.O dirigente explica que centenas de produtores não podem participar da ação do governo enquanto não seja decretado estado de emergência no município ou no estado onde a plantação foi afetada ? critério para que o agricultor possa participar da medida. Além da seca, Andrade Lima reclama que a burocracia do governo também afetará a nova safra, uma vez que faltarão recursos próprios para que o produtor invista no manejo adequado dos canaviais. Ele lembra que a estiagem na região começou deste o mês de março do ano passado.?Enquanto o tratamento dado aos agricultores do nosso país é este, o governo dos EUA, após observação de oito semanas consecutivas de seca classificada entre severa e extraordinária, decretou situação de calamidade natural em 597 condados de 14 estados?, conta Lima. O dirigente informa que desde 2012, solicitou ao governo de Pernambuco a decretação do estado de emergência em toda a Zona da Mata, reduto tradicional da cultura canavieira, mas o pleito ainda não foi atendido. Ele fala ainda que muitas prefeituras da localidade ou não conseguiram concluir o respectivo processo, ou não fizeram em função da mudança de gestores em decorrência das últimas eleições municípios.

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